Sobre mim

Meu primeiro papel é ouvir. Ouvir atenta e compassivamente, fazendo o possível para entender a história de vida, a visão de mundo, as buscas, os pensamentos, os raciocínios, as expressividades, as emoções dos meus partilhantes (partilhante = aquele que partilha sua história, aquele que procura o atendimento), isso é fundamental para atendê-los bem.

Uso uma variedade de ferramentas filosóficas nos métodos da Filosofia Clínica, incluindo Analítica da Linguagem, Lógica, Fenomenologia e Meditações por semioses cruzadas. O foco é na verificação dos caminhos possíveis no exercício existencial da pessoa.

Então a minha abordagem é a da Filosofia Clínica (de seu sistematizador Lúcio Packter), que é a utilização clínica de toda a Filosofia acadêmica em prol do melhor exercício existencial da pessoa.

O terapeuta filosófico, se coloca numa postura genuinamente filosófica, como a que já propunha Platão, com o que ele chamou de thaumázein (admiração filosófica frente ao desconhecido), ou seja, a postura de abertura epistemológica, em busca do conhecimento, do entendimento de quem é o outro. Uma postura Ética que tenta entender a existência antes de explicá-la, uma atitude de distanciamento dos seus próprios pré-juízos, exercitando a escuta radical, em uma pesquisa filosófica da alma humana.

Assim, no primeiro momento a metodologia fundamentalmente filosófica, conta com uma verificação do caráter histórico e circunstancial da existência do partilhante (esta etapa é em grande parte de cunho lógico, ontológico e fenomenológico) o que já pode descortinar o ser e o como agir da existência em muitos aspectos, de tal modo que, podem acontecer os diálogos mais profundos, as indicações de trilhas e caminhos, enfim, o trabalho com procedimentos clínicos fundamentados na história de vida do partilhante.

Em alguns casos, também pode ocorrer uma segunda etapa. Quando for indicado e fundamentado pelo trabalho anterior e for uma busca do partilhante, pode acontecer uma análise do patamar existencial, sempre em contexto e com uma abertura de pesquisa muito maior. Fomentada pelas conversações entre os largos campos da Ética, da Estética, da Analítica da Linguagem, do Estruturalismo, da Metafísica e os caminhos autogênicos mais indicados ao partilhante.